quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Viagem de Intercambio #02 – O Primeiro Dia de Aula

Olá Galerinha,

               Dando prosseguimento a série sobre viagem de intercambio, gostaria de falar um pouco sobre o temido (para alguns pelo menos) primeiro dia de aula.
               Quando cheguei até a escola (já tinha vindo até a porta da escola no sábado anterior para aprender onde ficava o local e ver as dificuldades de chegar) ainda era cedo, pois eles tinham agendado a recepção dos novos alunos para as 8:30 e eu, com o meu peculiar medo de atrasar e de ocorrer imprevistos, cheguei as 7:50. Resultado: fiquei esperando no lobby do prédio, pois o elevador que acessava o escritório do curso (eles ocupam dois andares de um prédio na 124, Eglinton Street), onde deveria apresentar-me, somente liberava o acesso a partir da hora agendada.
               Quando finalmente fui “liberado” subir (nesta altura do campeonato já tinha feito amizade com alguns alunos que estavam na mesma situação que eu) fui conduzido até uma sala onde foram chegando mais outros ansiosos alunos.
               Houve uma pequena apresentação do responsável por esta unidade da EC e em seguida deu-se início aos testes de nivelamento.
               Primeiro foram duas questões e uma redação de no mínimo 60 palavras sobre quatro opções de tema dado por eles com um tempo máximo de 30 minutos para resolver tudo. A primeira questão era um texto longo em que eram dadas 4 frases que deveriam completar o texto em determinados pontos sem que este perdesse o contexto. A segunda questão eram várias questões de múltiplas escolhas sobre a compreensão do texto. E por fim a redação. Não tive grandes dificuldades nesta parte.
O segundo teste foram mais duas questões com avaliação de gramática. Cada questão de múltipla escolha onde deveria completar as frases com palavras ou expressões. Eram muitos itens e o tempo foi de 10 minutos. Achei o tempo curto para a quantidade de itens. Devia ter um total de uns 40 itens.
O terceiro teste foi o mais cruel na minha opinião. Duas questões de completar, porém sem opções. Na primeira questão ouvimos uma reportagem e foi entregue um texto que continha partes da reportagem que deveríamos completar com palavras ou frases escutadas. O problema era que não tinha todo o texto ouvido, somente parte dele, daí quando você se perdia, era complicado voltar para o lugar certo. Foi punk. Na segunda questão tínhamos que ouvir três pessoas falando sobre a visão delas sobre determinada situação (a mesma para os três casos) e deveríamos, a partir do relato, identificarmos a profissão delas. Pense......
Quando pensávamos que havia acabado, uma professora dividiu a turma em grupos, separando os de mesma nacionalidade (o que pareceu uma coisa difícil de fazer já que mais da metade da turma era de brasileiros), e pediu que conversássemos nos apresentando e falando um pouco sobre onde vivemos. Desta forma, ela circulou na sala tentando identificar alguns possíveis problemas na conversação, pontos estes que foram expostos após o término da conversa.
Em seguida, foi nos apresentado as regras do curso, como ele funciona, e as atividades extra curriculares.
Depois, do intervalo para o almoço, foi dado nossa tabela de horário baseado no nível que fomos avaliados. Fiquei no nível intermediário (era o que esperava). Fiquei bastante satisfeito. Isto equivale que entrei na mesma sala dos alunos que estavam na metade do curso. Depois deste nível, somente o avançado.

Então é isso e até breve.

Viagem de Intercambio #01 – O Inicio

Olá Galerinha,
               
               Estou iniciando uma série especial sobre viagem de intercambio para curso de línguas – no caso inglês.
               Durante as minhas viagens de lazer, sempre vinha um desejo de explorar um pouco mais o lugar. Não no sentido de passeios somente, mas da experiência de “viver” o local, de presenciar como é o dia-dia das pessoas que vivem ali, etc. (acho que é o pensamento de muitos os viajantes).
               Aliado a isto, por que não tirar o máximo do lugar visitado e agregar conhecimento, não só cultural, mas prático – como a língua, por exemplo?
               Então resolvi fazer um intercâmbio de inglês em que eu pudesse transmitir as experiências de uma pessoa mais madura sobre esta atividade que parece, à primeira vista, bem adolescente.
Entendo que para muitos pode ser desafiador, mas para os mais novos, acredito que também o é (a diferença é que eles não têm medo de enfrentar ou de errar).
               A ideia é transmitir aqui um pouco do que estou vivendo, dos “micos”, dos acertos, das dicas e tudo que for acontecendo. Acoplado ao blog, estou gravando vídeos com as coisas mais interessantes e que ficam melhor de ser mostrado através deste recurso, e será postado no canal do Youtube (Viagem, Tecnologia e Outras)
               O intercambio é em Toronto no Canadá e tem duração de 4 semanas.
               Se você tem interesse em fazer este tipo de viagem, seja por qual for o motivo, tentarei trazer o maior número de informações possíveis para que sua estada seja a mais tranquila e que você possa evitar (ou não) as garfes que cometi.
               Relatarei, neste primeiro post, todos os passos que realizei até chegar aqui.
              
               Primeiro Passo: Escolha do Lugar
               Pesquisei bastante onde ir. Estava entre três opções: Estados Unidos, Inglaterra e Canadá.
               Escolhi o Canadá porque era mais barato que a Inglaterra (apesar de gostar bastante deste país) e seria uma oportunidade de conhecer um novo lugar, já que vou aos Estados Unidos de forma mais periódica.
               A opção por Toronto foi baseada em vários blogs e vlogs espalhados pela internet e, no meu caso, especificamente, por dois vlogs do Youtube que aconselho fortemente a visualização caso queira conhecer as curiosidades de Toronto e da vida de um estrangeiro neste local.
               O primeiro foi uma série especial do canal Vicio Feminino intitulada #viciodeferias onde um jovem casal de nordestinos de João Pessoa relata um intercâmbio de 1 ano em Toronto. Este casal não está mais em Toronto, porém serviu de pesquisa na época.
               O segundo canal é um relato do cotidiano de um casal do sul do Brasil que veio para Toronto trazendo a figura principal do canal, o Sr. Chewbacca – um cachorrinho que é uma figura (Chewbacca no Canada). Neste canal, eles relatam fatos curiosos da experiência deles de imigrantes, sobre a adaptação ao local, etc.
               
            Segundo Passo: Escolha do Curso
Pesquisei bastante sobre os cursos de línguas e vi que é possível fazer a inscrição, matricula e até o pagamento dos cursos através do Brasil sem ter que passar por agentes de viagem, o que pode tornar o custo do curso, no caso de 4 semanas, em torno de 15% mais barato, porém temos que lembrar que isto, em muitos casos, pode acarretar em um pagamento adiantado, sem parcelamento e com inserção de impostos como IOF, sem falar na possibilidade de cair em um golpe dentre os muitos possíveis (que, por incrível que possa parecer, também acontece aqui).
Sendo assim resolvi não arriscar em cursos menos conhecidos por nós brasileiros e muito menos em situações que pudessem me deixar vulnerável.
Fui até uma agencia de intercambio em Fortaleza (CI Fortaleza), não antes sem pesquisar na internet as diversas opções de curso, e contratei com um desconto razoável e ainda parcelado no cartão de credito.
O curso escolhido foi o English for Work 30+ (voltado para pessoas de mais de 30 anos) da escola EC Toronto com duração de 4 semanas com 30 lições por semana (praticamente de segunda a sexta de 8:30 as 17:30), onde durante dois terços do tempo tenho aula de vocabulário, leitura, escrita e conversação e no restante, aulas voltadas para o relacionamento com o trabalho, onde é abordado situações como apresentação de projetos em inglês, negociações, conversas ao telefone, etc.

Terceiro Passo: Escolha do Local onde “morar”
Basicamente verifiquei duas opções: ficar em Home Stay (casa de pessoas locais que acolhem os estudantes por um período) ou alugar um local.
A primeira opção é bem mais barata (para um mês, por volta de 50% mais barato que o aluguel de um apartamento, por exemplo), porém fiquei receoso quanto onde iria ficar (sem falar que estou ficando chato com este tipo de coisa), se as pessoas seriam interessantes, se eu iria ficar menos a vontade, este tipo de coisa que começamos a pensar quando vamos ficando mais velhos. Apesar de vários relatos de pessoas do curso que fizeram esta opção e não se arrependem por terem a experiência de conviver com os moradores de Toronto e ter novos relacionamento com estes.
A segunda opção, apesar de mais cara (não tão mais cara se levar em consideração que paguei em um apart hotel todo equipado para o período de 30 dias, o que se paga por 8 noites em New York) me pareceu a mais cômoda e que poderia me trazer mais experiência de vivenciar o lugar.
Então deixo para você a decisão se é melhor ou não ficar em Home Stay ou se é melhor alugar um apartamento (normalmente a própria escola tem a opção de apartamentos caso a pessoa não queira ficar em casa de família).
O apartamento que aluguel tem:
- uma cozinha equipada com fogão, micro-ondas, máquina de lavar louças, geladeira, equipamentos em geral (torradeira, cafeteira elétrica, liquidificador, etc.), utensílios gerais (talheres, pratos, copos, panelas, etc.);
- uma área de serviço equipado com máquina de lavar roupa e secadora;
- um banheiro;
- uma sala com sofá cama e duas poltronas;
- um quarto com cama de casal com closet;
- tv a cabo (televisão na sala e outra no quarto) e internet exclusiva do apartamento;
- sistema de ar condicionado (aquecimento e refrigeração) com controle individual no apartamento, umidificador e ventilador;
- telefone fixo;
- conjunto de toalhas, lençóis, edredons, panos de prato, etc.
Coloquei no canal do YouTube um vídeo onde mostro o apartamento alugado. Olhem lá.
O aluguel foi feito através do site Alugue Temporada, onde vi que os comentários sobre o lugar eram formidáveis. Neste site pode-se alugar casas, apartamentos, quartos e basemants (porões, que são bem comuns por aqui) em vários lugares do mundo.
A partir deste site, entrei em contato com o proprietário via email por onde ocorreu a negociação (praticamente a forma de pagamento, pois os valores já estavam definidos no site, apesar de que ele me deu um desconto, acho que seria o que ele pagaria de comissão ao site). O meu contato foi com o Leo (lreinsoo@rogers.com ) que foi super gentil, respondendo rapidamente minhas dúvidas.
Ao chegar no apartamento, logo percebi um bilhete do proprietário acolhendo-me e desejando uma ótima estadia. Isto foi reforçado por uma ligação à noite pelo mesmo, perguntando como tinha sido a viagem e coisas deste tipo. Muito legal!!!! Detalhe: as chaves estavam com o concierge na portaria em um envelope identificado com meu nome.
O condomínio fica em uma região maravilhosa, bem no centro de Toronto (Downtown), próximo ao Eaton Centre, um dos maiores shoppings fechados de Toronto e que está ladeado por duas estações de metrô (Dundas e Queen) da Linha Amarela (corta Toronto praticamente de Norte a Sul). A região é cheia de restaurantes e ainda tem a Dundas Square que a noite ferve (é considerada a Times Square de Toronto).
Tem vídeo sobre a região também.

Quarto Passo: Escolha do Periodo
Janeiro é um período bem frio em Toronto, mas para mim, por conta do trabalho, ficava mais fácil viajar o mês todo.
As estações são bem definidas no Canadá, então vale verificar os sites sobre as facilidades e dificuldades peculiares de cada temporada. Pesquisem.


Então é isso e depois falo um pouco mais sobre o curso e o temido primeiro dia!!!!